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Economia - O ESTADO DE S. PAULO - Quarta-feira, 26 de Janeiro de 2005.

Vírus em celulares estão só começando, diz hacker

Programador brasileiro ganhou hacker ao desenvolver um software que ataca telefones móveis e ao divulgar suas linhas de programação pela internet

Renato Cruz

Donos de celulares, cuidado. Para o programador Marcos Velasco, de 32 anos, que criou um vírus para telefone móvel, os problemas de segurança estão apenas começando. "Vejo um crescimento grande dos vírus para celular este ano", afirmou Velasco, que mora em Volta Redonda (RJ), em entrevista ao Estado, por e-mail. "Para qualquer nova plataforma de desenvolvimento que aparece, novos 'malwares' (programas maliciosos) serão escritos para ela."

Velasco ganhou notoriedade ao desenvolver um vírus de celular que recebeu seu nome, identificado e classificado pelas maiores empresas de antivírus do mundo. O programador brasileiro foi objeto de matéria do jornal The New York Times, na segunda-feira. "A repercussão foi bem maior que eu esperava", disse Velasco. "Não tinha a noção de ter criado algo que chamasse tanto a atenção das pessoas."

No ano passado, a base de telefones móveis cresceu 41,5% no País, chegando a 65,6 milhões. Ao mesmo tempo em que o serviço se torna mais difundido, os aparelhos ficam mais sofisticados, com download de jogos, acesso à internet e mensagens multimídia. Com isso, acabam atraindo a atenção de hackers, que até então se dedicavam a descobrir falhas de segurança nos computadores.

De acordo com Velasco, o motivo que o levou a desenvolver o vírus - mais precisamente, um verme, pois se dissemina pela rede e não precisa usar outro software para servir de hospedeiro - foi alertar para vulnerabilidades do celular. Ele divulgou, na internet, o código-fonte (lista de comandos de programação) do vírus que criou, chamado de Velasco, Lasco ou Lasco.A.

Foi bem compreendido? "Em alguns aspectos sim, em outros, não. As empresas de antivírus disseram que sou um 'monstro', que o que fiz foi errado. Já para muitas pessoas foi interessante, pois foi algo profissional. Entenderam a necessidade de expor mais as informações."

Velasco trabalha como programador e considera suas incursões na área de segurança da informação um hobby. O vírus que criou ataca celulares com o sistema operacional Symbian, criado por um grupo de fabricantes, um dos três maiores em todo o mundo para equipamentos sem fio. Os concorrentes são o PocketPC, da Microsoft, e o PalmSource OS, da Palm. "Comprei um celular com Symbian há cerca de dois anos", disse o programador. "Por permitir que se desenvolva software para ele, resolvi aprofundar meus estudos."

Assim como o primeiro vírus para celular, chamado Cabir e descoberto no ano passado, o Velasco usa uma conexão sem fio Bluetooth, que liga diretamente um celular ao outro, sem passar pela rede da operadora, para se propagar. "O uso do Bluetooth é mais simples, e como minha intenção não era criar algo que pudesse dar prejuízos, foi o método que usei." O vírus que criou não causa danos ao celular, segundo o programador.

* Noticia supra é fiel à íntegra publicada no jornal, com nome da Fonte, Autor Original e Link para acesso ao veículo inseridos no corpo do tópico.

OFAJ

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