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Leo Preuss

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Reputação

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  1. @Raphael Venturin, minha visão é um pouco diferenciada do que está sendo abordada aqui rsrs. De tudo o que eu li a respeito do assunto, vários livros sobre dimensionamento de sistemas elétricos, etc. artigos na internet, mostram que a unidade em VA é usada para calcular a exigência total de potência em um sistema elétrico. Porque? Porque caso o equipamento tenha um baixo fator de potência, irá exigir um dimensionamento maior deste sistema, tanto dos cabos, quanto da energia necessária para alimentar este sistema. Por isso há limites mínimos de fator de potência (0,92 para indústria) pois, apesar da prestadora de energia elétrica não cobrar esta energia extra (que chamamos de energia reativa) do consumidor comum, esta energia a mais precisa ser gerada pela fornecedora de energia. Da mesma forma, em um nobreak (UPS), não teria porque ser diferente. Se um nobreak possui capacidade de 500W, isto significa que está sendo levado em conta que você irá conectar um aparelho "perfeito", em que o fator de potência é 1, o melhor dos casos. O que foi falado aqui é: o fabricante, malandramente, não anuncia seu produto em Watt, pois sabe que os computadores em média não possuem fator de potência = 1. Assim, ele utiliza um fator de potência comum das fontes genéricas, que é em torno de 0.65 para anunciar um valor maior de potência, que nesse caso é de ~769 VA. Só que é aí que está o erro do raciocínio! Se um nobreak de 500W suporta, no melhor dos casos, uma fonte de 500W com fator de potência = 1, quiçá suportaria uma fonte com fator de potência inferior a isso! Para um melhor entendimento, pense na essência da potência: Tensão (média) e corrente. Considerando a Tensão (média) constante de 127V, apenas a corrente é que faz a diferença no valor total da potência. Assim, uma fonte de 500W em sua máxima capacidade, e com fator de potência = 1, irá exigir que o transformador do nobreak tenha capacidade para pelo menos 3,9A. Se esta fonte possuir fator de potência inferior a 1, vamos dizer 0.65, a potência exigida não será mais 500W, tampouco um valor inferior a isso, mas sim 769W. Só que, como se trata de potência aparente, representamos pela unidade VA. Logo, a corrente necessária é muito maior: sendo esta de 6,0A. Tanto isto é verdade que se você utilizar um medidor de potência (tipo o KillAWatt), em aparelhos com fator de potência inferior a 1 o valor informado da corrente instantânea é respectivo à potência em VA e não em Watt.
  2. Sim sim @faller, quis dizer que uma das maneiras em que esta defasagem pode ocorrer é pela carga e descarga de um indutor ou capacitor a cada semi-ciclo de onda da rede. Sobre a causa do fator de potência ter naturezas diferentes, eu entendi. No entanto, mesmo que tenham naturezas diferentes, o fato é que a potência total (ou aparente) é maior que a potência útil. Um transformador não "sabe" o que será conectado a ele. Se um transformador é projetado para fornecer 10A a 127V, qualquer valor de corrente acima dos 10A, não importa que "tipo" seja, irá ultrapassar o que ele é capaz de fornecer. Conforme a citação que coloquei: "(...) Uma vez que essa energia armazenada [reativa] retorna para a fonte e não produz trabalho útil, um circuito com baixo fator de potência terá corrente elétrica maior para realizar o mesmo trabalho do que um circuito com alto fator de potência.(...)". ( http://www.ebah.com.br/content/ABAAABPegAC/fator-potencia ) Ou seja, se a corrente exigida é maior, mesmo que parte dela não seja consumida e devolvida à rede, foi necessário produzir esta energia extra. Até porque, o transformador não está preocupado se você está utilizando a energia de forma útil ou não útil, o que ele tem é uma capacidade de fornecer determinada corrente. Da mesma forma, o transformador não está preocupado se você está com uma fonte que aproveita 85% de forma útil e o resto transforma em calor, luz, energia reativa etc. O fato é que ele está tendo que produzir. Porque se a potência aparente não fosse para ser levada em conta, qual a utilidade teria? Qual a utilidade, como você mesmo disse, de bolar todo um circuito em uma fonte de alimentação para corrigir o fator de potência, e no fim das contas, não ter nenhuma serventia? Acho que só iremos chegar a uma conclusão se forem realizados testes na prática.
  3. Joakim, Não sei se chegou a ver o link que coloquei: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABPegAC/fator-potencia É interessante a leitura. Citando um trecho do resumo deste artigo: "(...) Uma vez que essa energia armazenada[reativa] retorna para a fonte e não produz trabalho útil, um circuito com baixo fator de potência terá corrente elétrica maior para realizar o mesmo trabalho do que um circuito com alto fator de potência.(...)" O No-break não escolhe que "tipo de potência" suportar, como você mesmo disse. Simplesmente dada uma potência que ele é capaz de suportar, se ultrapassá-la, não importa se é útil ou aparente, o que importa é que a corrente total exigida será mais alta, e consequentemente, a potência. O uso da unidade VA é apenas para dizer que existe uma diferença no cálculo da potência para o Watt, mas é tão potência quanto é o Watt. O cálculo de dividir a potência da fonte pelo fator de potência desta, serve para se calcular qual a potência total requerida por este equipamento, mas não serve para calcular o quanto um sistema fornecedor de energia pode suportar de forma aparente ou útil. Fazendo uma analogia com a eficiência de um equipamento, por exemplo: uma fonte de alimentação de 600W, a plena carga, que tenha 85% de eficiência, não importa se este transformará 15% da energia fornecida em calor ou outra forma de energia, o que importa é que estarei "puxando" da rede elétrica 705W (desconsiderando o fator de potência para facilitar o exemplo). Então quando você faz o cálculo que de que a fonte exige 845W e 1346VA, não é que o no-break precise suportar as duas potências. Se o no-break suportar os 1346VA, ele irá suportar qualquer valor de potência abaixo disto, seja útil ou aparente. O que é preciso perceber é que, considerando que VA é a soma vetorial da potência útil com a potência não útil, então esta já é a exigência total requerida pelo sistema. O Watt é mais usado para circuitos de corrente contínua, pois não há variação na corrente tal como ocorre em corrente alternada, sendo toda a potência do circuito, útil. No caso da corrente alternada, a variação da corrente produz estes efeitos indesejáveis em determinados componentes, necessitando de uma carga extra.
  4. Olá Joakim, andei pesquisando em diversos lugares (http://www.ebah.com.br/content/ABAAABPegAC/fator-potencia ) e me parece realmente haver um equívoco por parte de vocês no entendimento da potência aparente e potência útil. Vou explicar porque. Seguindo a fórmula: Potência aparente(VA) = potência ativa (W) + potência reativa(VAr) OBS: Adicionando uma correção, que esta soma de potências na realidade é vetorial e não escalar. Caso estejamos trabalhando com equipamentos puramente resistivos, por exemplo, lâmpadas, a potência reativa requerida é igual a 0, logo, toda a potência calculada será resultante da potência ativa (potência = potência ativa + 0). Neste caso, podemos afirmar que 1W exigido pela lâmpada é igual a 1VA. No entanto, nem todo equipamento necessita puramente da potência ativa, precisando também de uma carga extra, que é a potência reativa, quando existem indutores, capacitores, etc. apenas para alimentar o campo magnético gerado por estes componentes. Assim, uma fonte de alimentação, por não ser puramente resistiva, a potência reativa é necessariamente diferente de 0. Então, não podemos ignorar a parte da fórmula referente à potência reativa, sendo então dada por: Potência aparente(VA) = potência ativa (W) + potência reativa(VAr) (sendo a potência reativa algum valor > 0). O que está havendo confusão, é que você, consumidor, paga pelos Watts (potência ativa) e não pelos VAs, mas isso não quer dizer que quem fornece a energia está tendo que produzir apenas a potência ativa, mas também a reativa. Tanto é verdade, que todo o sistema para dimensionamento de cabos e equipamentos na indústria faz o cálculo em VA, e não em Watt. Além disso, a prestadora de energia estabelece limites mínimos de fator de potência para a indústria, justamente por ser uma carga excessiva em que os transformadores da prestadora precisam suportar, mesmo que parte dela seja inutilizada/retornada à rede. Por isso, diante de tudo o que eu pesquisei sobre o assunto, a potência em Watt serve apenas para você saber o quanto seu aparelho consome de forma útil, que será cobrado por você na sua conta de energia elétrica. Mas para um sistema que fornece energia elétrica, não basta saber apenas a potência útil, mas a potência aparente (apesar do nome). No exemplo da sua fonte de 875W, este valor se refere apenas à potência ativa, sendo apenas uma parte da fórmula. Assim, um no-break que seja capaz de fornecer 1200W, não seria capaz de suportar a sua fonte de 875W (em carga plena) com FP de 0,65, pois na realidade não são apenas 875W, e sim 875W (ativo) + 471VAr (reativo) que o no-break estaria tendo que produzir.
  5. Olá Faller e Gabriel Torres, muito obrigado pelas respostas. Eu entendi corretamente a questão da enganação que os fabricantes de no-break realizam, e como foi dito, algo semelhante é realizado aos equipamentos de som, onde há a diferença de potência PMPO e RMS (assim como existem diferenças em normas antigas para medição do RMS (mais rigorisa) e do cálculo para potência RMS que vale atualmente). Mas ainda não compreendi bem a situação sobre a potência aparente (VA) e potência útil (W). Deixando um pouco de lado o No-break e supondo o seguinte cenário: Considerando que uma fonte de alimentação esteja conectada e consumindo diretamente da rede elétrica 250W. Se esta fonte possui fator de potência 0.7, independentemente de só serem utilizados 250W por esta fonte, a rede elétrica precisa ser capaz de fornecer uma potência de 357VA (250 / 0.7). Porém, se minha fonte possui fator de potência 0.99, minha rede elétrica deverá ser dimensionada para fornecer apenas 252 VA (250 / 0.99). Ou seja, mesmo que os 107VA a mais não estejam sendo utilizados para nada, a rede elétrica precisa ter a capacidade de fornecer esta potência extra. Disso, concluo que a potência VA é a exigência de potência verdadeira, e Watt é apenas a potência que o equipamento efetivamente está utilizando. Logo, não vejo porque desconsiderar o FP do que está conectado à origem de energia elétrica. Eu não tenho como prosseguir no raciocínio do no-break antes de eslcarecer primeiro este ponto. Quem puder esclarecer, eu agradeço desde já.
  6. Parabéns pelo vídeo, tirou muitas dúvidas, mas alinda restaram algumas. 1) Os notebooks (Celular, Tablet, etc) utilizam qual sistema? Não se ouve chaveamento ao alternar para a bateria, me parecendo que a bateria está ligada em série com o transformador. Porque não pode ser usado o mesmo sistema para um no-break? Ou caso seja semelhante a um no-break online, porque não encarece tanto o preço destes aparelhos? 2) Se o fabricante do no-break anuncia 1200VA de potência de saída, por que é levado em conta o fator de potência do no-break e não apenas o fator de potência do que está conectado a ele? Se eu tenho apenas uma fonte de alimentação conectada ao no-break com fator de potência da fonte sendo 0.99, então 1 VA é aprox. 1W. Logo, nesse caso posso ter 1200W utilizáveis, já que é a potência de saída. Porque não está correto este raciocínio?

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