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Simpson_BR

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Reputação

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  1. Caro Gabriel, Não encare minhas críticas como ofensa pessoal. Aliás, nem importa quem escreveu o artigo, as criticas são para o artigo e não para seu autor. Realmente existem vários equívocos no que se refere ao conceito de fator de potência, e me sinto na obrigação de me posicionar, (principalmente depois de ter lido o post de um estudante de engenharia, levado a interpretações equivocadas ). Embora eu realmente concorde que a utilização de uma fonte com PFC não leve a uma redução na conta de luz. Agora, é possível enumerar um sem número de vantagens na utilização do PFC, e não seria por acaso que países desenvolvidos tenham normas que obriguem sua utilização, por isso denominá-lo falarcia realmente foi uma infelicidade. Não acesso este site com tanta frequência, por isso não encontrei um e-mail apropriado para enviar as criticas, de forma que o fiz neste fórum. O fato de você ser formado em engenharia eletrônica e cometer equívocos neste tema não o desqualifica, posso lhe dizer que muitos engenheiros que atuam na área eletrotécnica têm dificuldade em tratar com este tema. As cargas não lineares são um problema bastante recente para a rede elétrica. De qualquer forma, minha intenção é contribuir para que informações corretas sejam transmitidas e estou a disposição, se puder ser útil. Abraços P.S. Em nenhum momento tive a intenção de parecer pretensioso ou de ofender alguém. Minha formação (doutorado em eletrônica de potência), não me torna melhor de que ninguém, apenas me imputa a responsabilidade de contribuir para que informações corretas sejam transmitidas.
  2. Caro marcos vargens, Realmente, o pfc pode ser usado em vários equipamentos, especificamente nos equipamentos eletrônicos em geral. Sua utilização deverá ser imposta em breve aqui no Brasil, é apenas uma questão de tempo. Caro psYco, Como você pode observar nos posts anteriores, não terá qualquer economia em sua conta de luz, utilizando uma fonte com PFC, isso te garanto. Mas terá uma fonte de melhor qualidade, mais segura para seu PC e para suas intalações, e melhor para a rede elétrica. Sds,
  3. Caros amigos, Fico feliz que tenham lido meu post. Em primeiro lugar quero dizer que o artigo sobre fontes de alimentação, de maneira geral, me pareceu muito bom. Mas o autor se arriscou ao se aventurar a falar sobre um tema um pouco complicado - Fator de Potência - e que infelizmente demonstrou não estar preparado para tal. O tema realmente não é muito simples, e quem não é da área não tem a menor obrigação de compreender. Muitos engenheiros têm dificuldade com o conceito de fator de potência. Podem ter certeza que no meu post não entrei em detalhes técnicos. Mas quem escreve um artigo sobre qualquer tema tem a responsabilidade pelas informações equivocadas que porventura possam conter, e que podem trazer consequências desagradáveis para as pessoas utilizarem estas informações. A minha preocupação, na verdade obrigação, está apenas em evitar que informações equivocadas sejam disseminadas, até porque, como mencionado, este site é acessado por pessoas de todos os níveis de formação. Imagino a confusão que um artigo assim pode ter causado na cabeça de um estudante de engenharia. Se você está fazendo engenharia elétrica, por favor, não acredite que fator de potência é uma falarcia. De maneira resumida, sobre fontes para PC com ou sem PFC, posso dizer que: 1- Não existe rede prepara ou não para PFC, o fator de potência é apenas uma ferramenta para avaliar uma carga qualquer, e seus efeitos para sobre a rede; 2- Uma fonte com PFC não traz economia de energia, não altera sua conta no final do mês; 3- Por outro lado, são melhores para a rede elétrica, embora as concessionárias ainda não ofereçam nenhuma vantagem para o consumidor, 4- Neste momento, para o consumidor brasileiro, existem algumas poucas vantagens em se utilizar fontes com PFC, como evitar interferências em outros equipamentos ou até mesmo no seu próprio computador, além de ser uma fonte mais segura, apresentando menores variações nas tensões frente às variações da rede, o que pode danificar seu equipamento; 5- Como exemplo, posso citar que centrais de telecomunicações (de telefonia celular por exemplo) são alimentadas por fontes de alimentação com correção de fator de potência (PFC), pois além da maior robustez, reduzem a interferência eletromagnética, já que são sistemas bastante sensíveis. Abraços,
  4. Acesso rotineiramente este site, que dispõe de informações realmente preciosas, de modo que quase sempre encontro o que procuro. Mas hoje infelizmente me deparei com algo que me deixou indignado, me fez sentir obrigado a corrigir algumas informações equivocadas. Infelizmente, hoje em dia, existem pessoas se aproveitam da ignorância alheia para falar de temas que não entendem, como se fossem autoridade no assunto, levando pessoas de boa fé a acreditar em falarcias. O artigo publicado no site "A falarcia do Fator de Correção de Potência (PFC)" já demonstra que seu autor sequer sabe o significado do termo. Mas como não estou aqui apenas para criticar, vou procurar ser útil e esclarecer algumas das afirmações escabrosas que encontrei no artigo. 1- PFC (Power Factor Corrector) = (Circuitoou ou conversor) Corretor de Fator de Potência. 2- Fator de potência é a relação entre a potência ativa e a potência aparente (definida pelo produto entre tensão e corrente eficaz). 3- A energia reativa consumida por cargas não-lineares (como por exemplo os retificadores) não tem nada a ver com a energia reativa consumida por cargas indutivas (como por exemplo em motores) 4- A energia reativa drenada por cargas indutivas, se caracteriza pelo defazamento entre tensão e corrente na rede. Pode-se decompor esta corrente (senoidal tal qual a tensão) em duas parcelas, uma em fase, que representa a potência ativa, e uma em quadratura, que representa a potência reativa. A compensação desta energia reativa realmente pode ser feita utilizando bancos de capacitores, filtros ativos, passivos, etc.. Neste caso, onde não há distorção na corrente (ela é senoidal) o fator de potência se confunde com o fator de deslocamente( dado pelo cosseno do ângulo de defasamento). 5- Já as cargas não-lineares drenam correntes distorcidas, e não correntes senoidais defasadas em relação à tensão. Uma corrente distorcida, mas periódica, pode ser decomposta na soma de senos e cossenos, com frequências multiplas da da componente fundamental, denominados componentes harmônicas. O produto destas componentes harmônicas de corrente, pela tensão senoidal da rede, dá origem a um outro tipo de enrgia reativa. 6- Estas cargas não-lineares, são compostas basicamente por equipamentos eletro-eletrônicos, como computadores, TVs, DVDs, etc.. Na verdade são os retificadores (que convertem tensão alternada em contínua) as cargas não-lineares. 7- Estas componentes harmônicas de corrente, circulando na rede elétrica, geram inúmeros problemas, desde aumento de perdas, aquecimento de equipamentos como transformadores, até interferência em outros equipamentos eletrônicos sensíveis, como equipamentos médico-hospitalares, ou distorção da tensão, devido à circulação destas harmônicas pelas impedâncias da rede, etc.. 8- No Brasil estas cargas não-lineares não representam ainda um grande problema para a rede elétrica, mas para países mais desenvolvidos, com maior quantidade de cargas não-lineares, a questão é bastante séria. Por isso, as normas estabelecem não somente limites para o fator de potência (determinado pelo fator de deslocamento e pelas componentes harmônicas), mas também define limites bastantes restritos para a distorçao harmônica e para componentes harmônicas específicas. 9- É verdade que o Brasil está atrasado e ainda não dispõe de normas para regular as componentes harmônicas injetadas na rede. Por isso, para o consumidor brasileiro (industrial ou doméstico), não faz diferença a fonte apresentar ou não PFC, não implica em economia na conta de luz. Também não reduz o rendimento. Pode no máximo causar interferência em outros equipamentos. Mas acredito (e espero) que seja apenas questão de tempo para o Brasil adotar normas semelhantes às adotadas na Europa, Japão e América do Norte. Não vou entrar em maiores detalhes sobre o assunto, para não tornar este texto muito extenso, mas se alguém tiver interesse em maiores esclarecimentos, ou indicação de boas referências sobre o assunto, estou à disposição.

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